quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Meus olhos não enxergam se eu não usar minha memória.
Um homem aparentando quarenta anos, deficiente visual, vem descendo a Rua Duque de Caxias no centro de Porto Alegre, com sua bengala de alumínio que serve para guiar-lhe o caminho. Passa em frente a uma escola e com sua bengala-guia bate nos ferros do portão da escola. O som que a bengala de alumínio faz ao tocar no ferro do portão lhe agrada, e o cego continua a bater nas grades, iniciando um som ritmado. O som que produz lembra-lhe um sino e ele sorri encantado com a brincadeira. Entretanto, o barulho chama atenção de um homem que está junto ao portão, que, então, exclama:
- Porque estás batendo assim com tua bengala nos ferros? Aqui é uma escola e os alunos estão em aula, o barulho que você está fazendo pode atrapalhá-los! O senhor precisa de ajuda?
O cego, ainda sorrindo, responde ao homem:
- Opa! obrigado por não gritar, às vezes acham que um cego também é surdo. Desculpe senhor, fiquei tão animado com o som que nem pensei que isso pudesse incomodar. Aqui é uma escola, é?
E, o homem cego, levantando a bengala começa a explorar as grades do portão.
-Esses ferros são altos, não é mesmo?
O homem lhe responde balançando a cabeça em sinal de afirmação e emite um som.
- hum,hum!
O cego então pergunta ao homem à sua frente:
- Quem é o senhor, o que faz nessa escola?
O homem lhe responde:
-Trabalho nessa escola, sou porteiro daqui.
O cego com uma das mãos tateia as grades do portão e descobre que os ferros são grossos e ásperos.
- Essas grades são antigas.
O porteiro olhando com desconfiança para o cego lhe responde:
-Sim, o portão é bem antigo. Mas como você sabe? Você consegue enxergá-lo?
O cego responde:
- Não! Não enxergo. Não com os olhos que você vê. Sou cego de nascença mas aprendi a enxergar com outros olhos. Percebi que esse portão é antigo, pela espessura e pela ação do tempo no ferros que o deixaram ásperos por causa da ferrugem. Observe bem.
O cego chama o porteiro para olhar mais de perto as barras de ferro do portão. Procura a mão do porteiro para colocá-la sobre uma barra de ferro.
- Estás vendo aqui? Tem um desgaste, outras partes com ranhuras, mas não aparecem, não é? Foram pintadas! Aliás acho mesmo que esse portão foi pintado inúmeras vezes. De que cor é esse portão?
O porteiro olha para o cego e surpreso responde:
- Preto.
O cego aproxima o nariz de uma das barras de ferro e diz:
- Ah sim! Tem um cheiro característico de tinta antiferrugem.
O cego se dirige ao porteiro, sorrindo, e rapidamente lhe estende a mão:
- Desculpe, esqueci de me apresentar, sou Miguel, mas pode me chamar de Miga, todos me conhecem como cego Miga. Qual é sua graça?
O porteiro leva um susto mas cumprimenta o cego Miga:
- Me chamo Ângelo.
O cego tateia o chão com a bengala-guia e encontra um degrau, sobe esse degrau e diz:
- Muito interessante, nós dois temos nomes de anjos, e o melhor, se juntarmos nossos nomes forma o nome Miguel Ângelo! o nome de um grande artista, o senhor conhece "Miguel Ângelo"?
O porteiro, ainda olhava com desconfiança aquele homem a sua frente, um estranho que chegou de surpresa e foi entrando na escola com uma conversa esquisita, e que agindo de forma espontânea, deixou-o atento à todos os seus movimentos. Voltou-se então para o cego Miga, respondendo:
- Sim, já ouvi falar sobre esse tal de Miguel Ângelo.
O cego Miguel continuou caminhando e falando:
- O senhor disse que é porteiro da escola. Mas que bela profissão uma pessoa pode ter!
Aquele que guarda uma escola deve ser uma pessoa muito feliz. Seu nome significa "anjo guardião", sabia? E combina muito bem com o que o senhor faz aqui, o senhor é porteiro e guarda essa escola, é o "Ângelo Guardião"!
O porteiro tira sua boina azul e coça a cabeça pensativo:
" Porque será que ele falou isso? Ele não sabe que meu trabalho aqui é muito monótono. Vejo alunos, professores e funcionários da escola passarem a toda hora e todos os dias, alguns conversam ou me cumprimentam, e outros, nem me olham. Recebo as correspondências que chegam e repasso aos respectivos setores da escola, sou o primeiro a chegar e o último a sair. Todo os dias a mesma coisa. Essa vida de porteiro é um tanto sem graça, e esse cego não sabe de nada."
O cego vai seguindo reto pelo pátio da escola, e com a bengala descobre que o chão é feito de lajotas irregulares, então abaixa-se e com a mão tateia o chão:
- Hum! Lindas lajotas, encaixes perfeitos com duas cores, não é mesmo?
Ao mesmo tempo que pergunta ele mesmo responde:
- Ah! só podem ser pretas e brancas, se o portão é antigo, o chão da escola também é antigo, e todas as lajotas antigas com formatos geométricos são pretas e brancas. E arrisco afirmar que as lajotas maiores, quadradas, são brancas e as lajotas menores, em formato de losangos, são pretas.
O porteiro Ângelo não acredita, fica atônito ouvindo aquelas palavras e pensa:
"Como uma pessoa cega pode saber de tantas coisas assim? como ele entende de cores, de nomes, de profissões com tamanha certeza?" E, nessa confusão mental, diz ao cego Miguel:
- O senhor precisa de ajuda, está procurando algum endereço?
Miguel levanta-se e sorrindo dirige-se ao porteiro Ângelo.
- Por favor me chame somente de Miguel ou de cego Miga, sou muito novo ainda!
Obrigado, não preciso de ajuda, também não estou procurando nenhum endereço.
Estava no Centro e resolvi descer esta rua para ver o pôr do sol. Mas pela hora ainda tenho tempo. Você poderia mostrar-me a escola e contar mais sobre ela? Gostaria de saber, deve ser uma escola com uma história interessante.
Ângelo fica surpreso com o que ouviu do cego e pergunta:
- Você disse que estava descendo para ver o por do sol? Fiquei curioso agora! Desculpe a indelicadeza, mas como é ver o pôr do sol sem conseguir enxergar como eu? Claro que posso mostrar-lhe a escola, mas primeiro responda-me: como você vê o pôr do sol?
O cego Miga ri e diz:
- Eu não vejo o pôr do sol, Ângelo!
E colocando a mão no peito continua a explicar:
- Eu sinto o pôr do sol! Quando o sol vai descendo do céu, sua luz muda de intensidade, então eu o sinto. Ele é lindo!
O porteiro sorri e diz:
- Sim, o pôr do sol é lindo mesmo!
O cego, empunhando a bengala-guia para cima, movimenta-a de um lado para outro, como se estivesse analisando a velocidade do vento e fica divagando:
- Essa escola tem prédios dos dois lados e na frente, ela é em formato de "U", não lembro de ter passado por aqui antes. Como é o nome dessa escola?
O porteiro, ainda surpreso responde:
- Interessante sua forma de ver as coisas Miguel! Sim, a escola tem o formato de "U". O prédio é antigo, ouvi falar que sua construção é em estilo neoclássico. O nome dessa escola é Escola Técnica Estadual Senador Ernesto Dornelles, e já foi internato de moças, onde as professoras eram todas freiras.
Miguel indo mais adiante, tateia o chão com sua bengala-guia, descobre um degrau e diz:
- Aonde vai dar esta escada?
O porteiro responde:
- É uma grande escadaria que vai dar na porta principal da escola.
Ângelo continua a falar sobre a escola.
- É uma escola normal como todas as outras, nesta escola estudam adolescentes que frequentam aulas do ensino médio e alguns fazem cursos técnicos. Tem uma placa acima da porta principal onde está escrito o nome da escola. O que mais queres saber sobre ela?
O cego Miga lhe retruca:
- Você disse que é uma escola normal? Como assim? Escolas sempre têm uma personalidade própria, uma história; escolas são templos do conhecimento. Não são
lugares normais, são lugares especiais! Quero saber tudo sobre ela. Estás disponível para mostrar-me a escola, Ângelo?
O porteiro coloca a boina azul na cabeça e fica convencido que talvez possa aprender muito com esse homem:
- Claro! Venha comigo.
Pega o cego pelo braço e o guia até uma das extremidades da escadaria, coloca uma das mãos do cego Miga aos pés de uma estátua e pergunta:
- Miguel você consegue perceber o que é isso?
O cego tateia com as mãos os pés da estátua e responde:
- Sim, é uma estátua, de pés pequenos e roliços, acho que é uma estátua de um menino, estou certo?
O porteiro, entusiasmado, responde:
- Sim!
O cego sobe mais um degrau da escada e vai tateando a estátua, descobre que nela tem um violão, contorna as pernas da estátua, sobe mais um degrau da escada e tateando chega as nádegas do menino, e com um sorriso exclama:
- Oh! É um menino nu, tinha quase certeza de que se tratava de um anjo.
Levanta seus braços para conseguir tatear o topo da estátua e tateia o restante do corpo da estátua, tateias as costas e descobre que ali não existem asas. Então, dirige-se ao porteiro Ângelo e diz:
- Não é propriamente um anjo, é um querubim! Querubins são meninos aspirantes a anjos e assim não possuem asas, este foi colocado no início da escadaria porque os querubins são considerados anjos vigilantes.
O porteiro Ângelo, com um sorriso, diz:
- Sim, me disseram que é um querubim, e na outra extremidade da escada tem um outro igualzinho a este. Eles empunham duas luminárias. Claro! agora faz sentido: as luminárias são instrumentos de vigília dos querubins, dão luz à escola e a protegem. Ah! Vivendo e aprendendo!
O cego sorri contente com a descoberta do porteiro.
Ângelo fica feliz com a nova descoberta e olha para a escola para ver qual seria a próxima coisa a mostrar. Aproxima-se do cego e diz:
-Lá em cima, depois que a escada acaba, existem duas colunas enormes, acho que possuem uns seis metros de altura, uma em cada extremidade da escadaria, e são muito bonitas, sabe? Nunca tinha visto como eram lindas!
Miguel se volta em direção ao porteiro e pergunta:
- Como é o capitel dessa coluna, Ângelo?
Ângelo, com uma expressão de dúvida, pergunta:
- Capitel? Não entendi!
O cego explica:
- Sim, o capitel da coluna é o topo. Como é o topo dessa coluna?
Ângelo anima-se:
- Ah! Sim, entendi; tem algumas decorações que parecem ser folhas e flores.
O cego levanta a cabeça em direção às colunas, parecia que conseguia enxergá-las e diz:
- Ah! Então é uma coluna coríntia, seu capitel é ornamentado com folhas de acanto. Muito interessante! tudo aqui foi pensado em sua construção, a escola você disse que foi um internato de moças, não é mesmo? Então: pois nada mais justo que dar significado, a isso, com essas duas colunas coríntias. As colunas coríntias representam a virgindade e a pureza!
O porteiro não entendia como um cego sabia tantas coisas, começou a desconfiar que aquele homem não era cego ou pelo menos não totalmente cego. Pensou em tirar os óculos escuros de Miguel. Primeiro sua desconfiança vinha de não entender como um cego sabia de tantas coisas e agora aquele cego olhava pra cima em direção as colunas como se as estivesse enxergando. Sempre soube que cegos não conheciam direito as direções.
Então, num impulso, tirou os óculos do cego e disse:
- Deixe-me limpar seus óculos, Miguel; acho que respingou alguma coisa neles!
Miguel riu muito da façanha de Ângelo:
- Obrigado! Mas não faz diferença, eu não enxergo! Somente utilizo esses óculos para me safar da luz muito forte que por vezes me provoca dores de cabeça.
O porteiro Ângelo teve certeza que Miguel era cego, os olhos não tinham movimentos e nenhum brilho, muito comum em pessoas com deficiência visual. Mas conhecia poucos cegos, e por isso tinha preconceitos quanto ao seu modo de vida e suas atitudes. Foi então que perguntou ao cego:
- Como você sabe de tantas coisas?
Miguel, sempre com uma expressão de alegria, responde:
- Eu tive oportunidade de aprender, por sorte meus pais eram professores e tive uma boa educação. Na época em que fui alfabetizado haviam poucas pessoas preparadas para ensinar crianças com deficiência visual, os lugares que ensinavam as pessoas com deficiência eram; reformatórios e clinicas psiquiátricas. Em um tempo não muito distante achava-se que as pessoas que tinham alguma deficiência visual ou auditiva eram doentes. Eu nunca fui doente, somente nasci com deficiência visual congênita. Desde cedo fui estimulado a desenvolver outros sentidos e aprendi que todos os dias estou em um continuo processo de solução de problemas. Meus pais sabiam valorizar cada experiência que eu tinha. Como não enxergava, o meu sentido primeiro não foi o
tato e nem a audição e sim o olfato e o paladar. Somente depois de aprender a caminhar desenvolvi os sentidos do tato e da audição.
Ângelo escutava atentamente o que Miguel lhe contava e agora já desenvolvia simpatia e admiração pelo cego Miguel.
- Venha Miguel, vamos entrar na escola, tenho muitas coisas para lhe mostrar.
Subindo a escadaria rumo à porta principal da escola, o porteiro para de repente e exclama:
- Ah! ia esquecendo: Ali, acima da placa que tem o nome da escola, junto a parede de entrada, tem uns desenhos pintados em pedras muito pequenas.
O cego Miga sorri e pergunta ao porteiro:
- Como são esses desenhos?
O porteiro; olhando em direção da pintura, gesticulando, a descreve:
- São três figuras: do lado esquerdo tem uma mulher vestida de azul, apoiando um dos braços sobre um globo terrestre e com uma das mãos na testa como estivesse pensando e, do lado direito, outra mulher vestida de branco segura na mão esquerda o que parece ser um violão e na mão direita o que aparenta ser uma placa, e está olhando em direção a uma terceira figura, vestida de vermelho, que está ao centro Esta, certamente, é um anjo, pois possui grandes asas, e está voltada para o alto empunhando uma tocha.
O cego muito atento a explicação do porteiro, diz:
- Esses desenhos como você disse, é um mosaico, também chamado arte musiva, é um embutido de pequenas pedras pintadas. Que linda!
O porteiro não entende a exclamação do cego e pergunta:
- Realmente é muito linda essa pintura, mas como você sabe que ela é tão bela?
O cego responde:
- A minha expressão de "linda" não foi por causa da pintura em si, mas porque mais uma vez tudo se encaixa. Veja só, siga meu raciocínio Ângelo: A palavra "mosaico" tem origem na palavra alemã "mouseem", a mesma que deu origem à música, que significa musa. As três figuras que você me descreveu, representam a tríade do aspecto humano: o pensamento, a palavra e a ação. Aqui representado; pela ciência, que é o pensamento ou a razão; a música que é a palavra ou o som e as artes que é a expressão e a ação. A figura feminina que está de azul, debruçada sobre o globo e em uma situação pensativa, representa a ciência. A figura de branco, que supostamente tem ao lado uma lira e não um violão, esta representa a música; e também não propriamente a música mas o feminino. Música é uma palavra que vem do grego, "mousikê" significa musas, a música era a arte das musas, aquela cujo elemento básico era o som. Acredito que esta figura esteja segurando um papiro, e não uma placa, uma forma de divulgar a palavra. A terceira figura; o anjo, de vermelho, representa as artes; empunha uma tocha porque esta representa a luz do conhecimento e ilumina os grandes pensadores.
Estás vendo porque eu disse, lindo? Porque é realmente muito lindo! É maravilhoso fazer estas descobertas. Tudo aqui tem um propósito, nada foi colocado de forma aleatória, tudo tem um significado racional, uma ideia que junta-se a outra completando-se. Ver de verdade é entender o significado de cada coisa, isto é: olhar as coisas com outros olhos, ir um pouco mais além do que o olhos veem.
O porteiro, presta atenção às explicações do cego Miguel, fica à contemplar o mosaico em formato semicircular da fachada da escola, e tem em sua face uma expressão de surpresa e alegria.
Os dois dirigem-se à entrada da escola, onde duas portas grandes e pesadas estão abertas. O cego tateia a porta e percebe que estas portas possuem vidros, vidros em formatos diferentes. Pergunta ao porteiro:
- Esses vidros são todos translúcidos?
Ângelo comenta:
- Não, alguns são verdes, em todo entorno da porta existem vidros, é como um vitrô, alguns vidros são translúcidos outros são verdes.
Ângelo começa a contar os vidros verdes..
- São treze vidros verdes, em todo o vitrô. Ah! No meio, acima da porta, tem um vitrô em círculo. Hum! isto é muito bonito!
O porteiro Ângelo, fica admirado, nunca tinha prestado atenção aos detalhes da escola.
O cego Miguel e o porteiro Ângelo entram no hall da escola, onde encontram o professor Leonardo. Ângelo o cumprimenta:
- Boa tarde professor Leo! Esse é Miguel, ele está de passagem pela escola e resolveu conhecê-la, estou apresentando a escola para ele.
O porteiro, apresenta o professor ao cego Miguel, e diz a Miguel:
- Miguel esse é o professor Leonardo.
O professor, com uma expressão séria, olha para o porteiro de modo curioso e toca no braço de Miguel para cumprimenta-lo.
- Boa tarde Miguel, seja bem-vindo!
O cego procura a mão do professor.
- Boa tarde professor! prazer em conhecê-lo.
Miguel sorri e pergunta:
- O Senhor é professor de qual disciplina?
Leonardo sempre sério agora sorri repetindo o gesto do cego, como estivesse olhando-se num espelho, e responde:
- Sou professor de Matemática, mas no momento ocupo o posto administrativo, sou vice-diretor dessa escola.
O Cego dirige-se ao porteiro.
- Ângelo, por obsequio você conseguiria um copo d'água? Onde eu poderia me sentar um pouco?
O porteiro guia o cego até um banco de ferro, que fica junto à uma escadaria que leva ao andar superior. O professor que tudo observa, segue-os e senta-se ao lado de Miguel, enquanto o porteiro vai buscar o copo d'água. Miguel senta-se e tateia o banco, descobrindo seu formato. E rindo muito, fala ao professor.
- Mas que lindo banco de ferro! um móvel assim não deve existir mais nem em museu de tão antigo!
O professor acha o cego engraçado e ri muito com ele.
- Pois Miguel, nessa escola existem muitos objetos antigos, lá no porão existem máquinas e equipamentos que são raridades, mas estão desativados.
O cego então para de sorrir e com uma expressão assustada exclama:
- Um porão! com máquinas e equipamentos antigos? deve ser um lugar sinistro! Ih! Esse lugar deve ter fantasmas!
O professor, rindo muito, coloca a mão sobre o ombro de Miguel e o tranquiliza:
- Não! Fique tranquilo, não é um lugar sinistro; ali no porão fica o refeitório, algumas salas de aula, a sala de marcenaria, a sala de restauração e o laboratório de prótese. É um porão organizado, amplo, com grandes janelas, aliás todo o prédio possui grandes janelas. Mas, eu o entendo, lugares antigos sempre possuem lendas à respeito de fantasmas. Esta escola, também possui uma lenda de um fantasma; a lenda da "Menina cabeluda".
O cego, volta-se em direção ao professor, e surpreso diz:
- Que rico lugar, tem até uma lenda! Mas um porão com salas de estudo? Sempre penso que porões são lugares de depósito, com coisas que não são mais usadas. Mas diga-me professor: porque todas essas salas de trabalho? Isso é uma escola ou uma oficina?
O professor Leo responde:
- Sim, também existem lá coisas que não são mais utilizadas; são máquinas e equipamentos antigos, ficam expostas nos corredores, estão bem conservadas mas falta-lhe peças. A razão pela qual existem salas de trabalho, nesta escola, é que ela possui cursos técnicos: Design de interiores, Prótese dentária e Nutrição, que utilizam oficinas e laboratórios para estudos.
Ângelo chega com a água, coloca o copo nas mãos do cego:
- Aqui está seu copo d'água Miguel.
O porteiro pede licença:
- Com licença voltarei para o meu posto. Assim que terminarem a conversa, me chamem, estarei lá embaixo.
O Cego pega o copo d'água, bebe um pouco e com interesse pergunta ao professor:
- Mas diga-me professor, essa escola é inclusiva? Aqui possui professores capacitados para dar aula a alunos com alguma deficiência auditiva ou visual? Sempre quis fazer um curso técnico mas nunca tive oportunidade. Na época em que estudei, não tinha escolas inclusivas para alunos com necessidades especiais. Se pudesse, iria voltar a estudar. Nunca é tarde para aprender, não é mesmo?
O professor, um pouco confuso com a pergunta, baixa a cabeça desviando seu olhar do cego e meio sem jeito responde:
- Não sei se já tivemos alunos com necessidades especiais, enquanto estou nessa escola, não lembro de nenhum aluno nesse aspecto. Desconheço se algum professor aqui conhece a língua dos sinais, e não possuímos materiais em braille para deficientes visuais. Esta escola ainda não está estruturada para receber alunos com necessidades especiais, sinto muito, mas acredito que isso possa mudar e que esta escola possa vir a tornar-se inclusiva. Sobre sua indagação em voltar a estudar: se você tem esta vontade, concordo com você, nunca é tarde para voltar a estudar!
Miguel pensativo, amparando suas duas mãos sobre a bengala, lamenta:
- É lastimável, estamos no século XXI e existem poucas escolas inclusivas.
O professor Leonardo, olha para Miguel pensativo, nunca havia parado para pensar sobre este assunto, e concordando com o cego tem uma ideia:
- Você tem razão Miguel! Pensando bem, tenho uma boa notícia para lhe dar; se quiseres, poderás assistir uma aula técnica como ouvinte.
Miguel entusiasmado responde ao professor:
- Posso mesmo, professor? Ficaria muito feliz! Qual dia poderia vir e assistir uma das aulas?
Leonardo, sorrindo, lhe responde:
- Você pode vir o dia que quiser Miguel! Eu mesmo lhe levaria à uma das salas de aula, mas diga-me: qual curso você gostaria de assistir?
O cego pensa um pouco e responde:
- Bem, diante dos cursos que a escola oferece e levando em conta a minha deficiência, eu poderia escutar uma aula do curso de Nutrição. Sabe professor? conheço um pouco de culinária, aprendi a cozinhar. Já o curso de Prótese dentária, poderia ser ouvinte em uma aula sobre dentes ou anatomia bucal. No curso de Design de interiores, acredito que tenha aulas de história da arte; eu gosto muito e conheço acerca disso, poderia participar bastante. Todos os cursos são interessantes, aprender é sempre muito bom!
O professor, entusiasma-se com o interesse do cego, e combina seu retorno à escola:
- Façamos o seguinte Miguel! Você pode iniciar suas aulas como ouvinte, vindo nos dias em que houver os projetos de pesquisa; é o que chamamos de componentes curriculares, ainda em fase experimental. Funciona assim: os professores de várias
disciplinas são escolhidos para orientar os alunos, e escolhem junto com eles um tema
que será pesquisado; estes temas variam de acordo com o interesse do aluno e os professores procuram inserir o conteúdo desses temas em suas respectivas disciplinas.
Estas pesquisas são feitas para estimular o aprendizado e melhorar o desempenho dos alunos nas disciplinas, é um caminho que leva à interdisciplinaridade. Todos os sábados acontece na escola, conversas e debates, proporcionando aos alunos a apresentação dos resultados de suas pesquisas. Neste sábado, alguns representantes indígenas e associações de meio ambiente, virão à escola para debater questões sobre sustentabilidade, cultura dos povos indígenas e meio ambiente. Depois dos debates, os professores orientadores dos projetos, farão com os alunos atividades práticas. Você pode participar, se quiser, acho que você vai gostar!
Miguel escuta o professor com atenção e concorda:
- Muito bom! Sim, gostaria muito, sábado estarei aqui para participar como ouvinte e conhecer melhor a escola.
Neste momento toca a campainha da escola, avisando o término das aulas. O cego levanta-se e, junto com ele, o professor, e dirigem-se para a porta de entrada da escola, e despedem-se:
- Professor Leo, já tomei bastante seu tempo. Muito obrigada, pela conversa e pelo convite para assistir as aulas, voltarei com toda certeza!
O professor acompanha Miguel até a porta e chama o porteiro Ângelo, que sobe a escadaria rapidamente e guia o cego na descida. Enquanto estão descendo a escadaria, vários alunos passam pelos dois, e o porteiro lhe comunica:
- É hora da saída dos alunos da escola.
Miguel e Ângelo, chegam até o portão da escola:
- Então, Miguel, você gostou da escola?
O cego, apertando a mão do porteiro, responde sorrindo:
- Gostei muito! Voltarei no sábado, o professor convidou-me a participar como ouvinte do projeto de pesquisa. Muito obrigado Ângelo por receber-me e apresentar-me a escola, você foi muito gentil! Espero não ter lhe incomodado.
O porteiro, também sorrindo, exclama ao cego Miga:
- Não, de modo algum você não me incomodou. Foi um prazer conhecê-lo Miguel! Eu que agradeço, aprendi muito com você, será sempre bem-vindo nesta escola. Estarei lhe aguardando no sábado.
O cego, tateando com sua bengala-guia o caminho da calçada, sorri para o porteiro e lhe diz:
- Até sábado, vou indo pois tenho que descer até a Usina do Gasômetro, não quero perder o pôr do sol. Boa tarde Ângelo!
O porteiro, rindo, despede-se do cego Miguel:
- Ah sim! O pôr do sol! Já ia esquecendo que você desceu a rua para isso. Boa tarde Miguel!
Então, o cego Miguel, em passos lentos e seguros, seguiu tateando o caminho com sua bengala-guia, desce mais uma quadra da Rua Duque de Caxias. Em segurança atravessa a grande avenida de mão dupla em direção ao Gasômetro. Caminha até a margem do lago Guaíba, senta-se em uma pedra, e fica ali aguardando o sol descer do céu o que não demora muito à acontecer, e então sente surgir à sua frente o pôr do sol.
Era como Miguel havia dito: o sol descia com luzes de intensidades diferente, fazendo o céu mudar de cor; sentia as luzes rolarem como flashes com vários tons que piscavam, era somente isso que podia ver, mas era maravilhoso! Miguel sorria e suspirava de alegria.
CONCLUSÃO
Esse texto é uma narrativa em formato de metálogo, uma história com situações e personagens fictícios em um local real, a Escola Técnica Estadual Senador Ernesto Dornelles; localizada na Rua Duque de Caxias 385 no bairro Centro da cidade de Porto Alegre, que completou em junho de 2014 sessenta e oito anos de sua fundação. Foi umas das primeiras escolas técnicas femininas do país, tendo como sede um prédio construído em 1914 em estilo neoclássico.
Hoje a escola de ensino politécnico é frequentada por alunos de ambos os sexos. A imagem metafórica "Meus olhos não enxergam se eu não usar minha memória" aproxima dois temas: o olhar e a memória; que, descrevendo imagens especificas, pretende mostrar que, além do sentido da visão existe uma visão sensível encontrada na memória através do conhecimento específico das imagens.
Um estudo que apura as formas de enxergar, enfatizando o desenvolvimento da observação, partindo do conhecimento teórico para o sentido físico da visão. Refletindo no modo como se pensa, no que se pensa e no que se produz com o pensamento, para o desenvolvimento da expressão pessoal, social e cultural do aluno. Reflete também sobre temas como a inclusão social, no caso do metálogo, deficientes visuais e auditivos; e as novas formas de educação baseado na interdisciplinaridade, onde os conteúdos das disciplinas são desenvolvidos para comunicarem-se entre si.
domingo, 9 de novembro de 2014
Pessoas que amam cachorros sempre comparam cachorros com humanos
Tive uma cachorra da raça Samoieda, pelos brancos e olhos azuis por ter essas caracteristcas coloquei o nome de Madonna, devido a semelhança com a cantora , no filme do final dos anos 80 " Quem é essa garota". ´
A cachorra Madonna ficou surda , rapidamente quando eu e minha família percebemos sua surdez a levamos no veterinário ele somente olhou para Madonna e disse:-Ela é especial.
Desapontada retruquei: -Como assim especial? .. pois pra mim ela sempre foi especial, inteligente, carinhosa, alegre, era tudo de bom.
Então o veterinário me explicou:-Ela é especial e por isso desenvolveu a surdez, ela tem uma falha genética 'é albina!.'
Continuei interrogando: -"Albina?"
Até esse momento nunca tinha ouvido falar que cães poderia ser " Albinos" e como saber se todos as raças Samoiedas são brancos?
A cachorra Madonna ficou surda , rapidamente quando eu e minha família percebemos sua surdez a levamos no veterinário ele somente olhou para Madonna e disse:-Ela é especial.
Desapontada retruquei: -Como assim especial? .. pois pra mim ela sempre foi especial, inteligente, carinhosa, alegre, era tudo de bom.
Então o veterinário me explicou:-Ela é especial e por isso desenvolveu a surdez, ela tem uma falha genética 'é albina!.'
Continuei interrogando: -"Albina?"
Até esse momento nunca tinha ouvido falar que cães poderia ser " Albinos" e como saber se todos as raças Samoiedas são brancos?
O veterinário respondeu-me com sincera compreensão sobre minha ignorância embora ingênua: -Ela não é albina porque é branca ela é albina porque tem olhos azuis quase brancos... e continuou ---Quando um cão é albino devemos nos precaver pois podem cegar, ela teve sorte que a mudança ocorreu na audição.
Enfim, levamos a cachorra pra casa e senti muito durante dias e tive dúvidas..-como iria ser agora,como deveria tratar a minha cachorrinha?
Liguei para o veterinário dias depois ainda triste e preocupada e então ele me perguntou:
Enfim, levamos a cachorra pra casa e senti muito durante dias e tive dúvidas..-como iria ser agora,como deveria tratar a minha cachorrinha?
Liguei para o veterinário dias depois ainda triste e preocupada e então ele me perguntou:
- Sua cachorra ainda late? Ela ainda responde a seus estimulos? ela sente seu afeto por ela?...Se uma dessas coisas acontece então não sinta pena ou não tenha medo de que ela venha a sofrer.Seja corajosa e alegre-se, ela sentirá isso e então aos poucos te ouvirá de uma outra forma.
Resolvi escrever esse relato porque lembrei, com enorme saudade da cachorra Madonna; que tempos depois,que descobrimos sua surdez, pela sua baixa imunidade devido a ser Albina, contraiu Hepatite e veio a falecer de uma doença considerada de humanos. O interessante que ela dormia com meu irmão, e ele cuidou dela até o último suspiro que pude ouvir do meu quarto, Madonna tinha uma inteligência tão humana , não queria vê-lo sofrer ela esperou ele dormir suspirou e partiu.
Veri
domingo, 21 de setembro de 2014
Todos os dias
Relato 10/06/2014
Todos os dias, em conversas com amigos, acontece um fato ou um deles me conta uma história, uma angustia ou divide comigo algo que está em sua vida que não consegue resolver ou um problema que parece sem solução. Quando isso acontece passo meu cartão de visitas para eles. Ontem foi assim com uma amiga e sentei com ela e conversamos, passei meu cartão de visitas e nele não está meu nome, descrição de minha profissão ou meu endereço e telefone. Meu cartão de visitas está escrito "Nam- Myoho-Rengue-Kyo- A força da transformação humana" no verso desse cartão está escrito A ENERGIA VITAL " No universo tudo vibra e tem seu ritmo, que deve ser o nosso também. A harmonia com esse ritmo é a causa da nossa felicidade... para isso basta recitar Nam-myoho-rengue-kyo, a lei do universo e da vida...essa prática diária, faz com que se manifeste na pessoa uma grande força vital, que cria coragem e força para superar qualquer obstáculo. Somente nessas condições a pessoa pode desfrutar de uma vida verdadeiramente feliz."... Hoje acordei tarde, cantando ,com uma música na cabeça " O mar virou música" de Fernando Corona, adoro quando uma música, que vem a cabeça e não sai, é linda e alegre. Então fiz meu Daimoku diário e estava pensado em como resolver meu trabalho de escultura estava realmente preocupada com ele, mas passou hehehe resolvi e tenho certeza que essas respostas vieram com meu Daimoku em acreditar que eu sabia a resposta ela estava em mim...de repente tive uma ideia e colocarei em prática e dessa vez vai dar certo. Estava eu preparando para fazer meu trabalho quando ouço gritos na rua, em frente a minha casa, não tão perto do outro lado da rua... fui ver e vi que era uma amiga da faculdade, que como eu mora no reino bem distante, ela estava com problemas ( nisso não vou entrar em detalhes ) atravessei a rua para ajuda-la minha mãe e irmã disseram que não era pra eu me meter , eu disse: " Como não vou ajudar, ela é minha amiga ! Não importa não vou lá pra me meter vou pra ajudar". E o caso foi resolvido, talvez pela minha interferência talvez não, mas sai com minha amiga para conversar, a ouvi e dei meu parecer. No final antes dela ir peguei sua agenda e escrevi a palavra NAM-MYOHO-RENGUE-KYO , expliquei porque ela deveria recitar, ela agradecida me abraçou e disse que foi bom ela ter me encontrado,disse a ela que nada é por acaso ... ela estava precisando de ajuda e eu estava agradecendo ao Gohonzon por ter me ajudado hoje a resolver meu problema com meu trabalho, e ter ajudado uma amiga a resolver seu problema lhe passando a lei do sutra de lótus é ser grata ao Gohozon estar em minha vida, " “Sofra o que tiver que sofrer, desfrute o que existe para ser desfrutado, considere tanto o sofrimento como a alegria como fatos da vida e continue orando, não importando o que acontecer, e então experimentará a grande alegria da Lei.” Nitiren Daishonin, Sou muito grata sempre e sou feliz todos os dias, tenho espirito "funkyo" espirito de sempre prezar as pessoas todas são importantes e iluminadas.
Todos os dias, em conversas com amigos, acontece um fato ou um deles me conta uma história, uma angustia ou divide comigo algo que está em sua vida que não consegue resolver ou um problema que parece sem solução. Quando isso acontece passo meu cartão de visitas para eles. Ontem foi assim com uma amiga e sentei com ela e conversamos, passei meu cartão de visitas e nele não está meu nome, descrição de minha profissão ou meu endereço e telefone. Meu cartão de visitas está escrito "Nam- Myoho-Rengue-Kyo- A força da transformação humana" no verso desse cartão está escrito A ENERGIA VITAL " No universo tudo vibra e tem seu ritmo, que deve ser o nosso também. A harmonia com esse ritmo é a causa da nossa felicidade... para isso basta recitar Nam-myoho-rengue-kyo, a lei do universo e da vida...essa prática diária, faz com que se manifeste na pessoa uma grande força vital, que cria coragem e força para superar qualquer obstáculo. Somente nessas condições a pessoa pode desfrutar de uma vida verdadeiramente feliz."... Hoje acordei tarde, cantando ,com uma música na cabeça " O mar virou música" de Fernando Corona, adoro quando uma música, que vem a cabeça e não sai, é linda e alegre. Então fiz meu Daimoku diário e estava pensado em como resolver meu trabalho de escultura estava realmente preocupada com ele, mas passou hehehe resolvi e tenho certeza que essas respostas vieram com meu Daimoku em acreditar que eu sabia a resposta ela estava em mim...de repente tive uma ideia e colocarei em prática e dessa vez vai dar certo. Estava eu preparando para fazer meu trabalho quando ouço gritos na rua, em frente a minha casa, não tão perto do outro lado da rua... fui ver e vi que era uma amiga da faculdade, que como eu mora no reino bem distante, ela estava com problemas ( nisso não vou entrar em detalhes ) atravessei a rua para ajuda-la minha mãe e irmã disseram que não era pra eu me meter , eu disse: " Como não vou ajudar, ela é minha amiga ! Não importa não vou lá pra me meter vou pra ajudar". E o caso foi resolvido, talvez pela minha interferência talvez não, mas sai com minha amiga para conversar, a ouvi e dei meu parecer. No final antes dela ir peguei sua agenda e escrevi a palavra NAM-MYOHO-RENGUE-KYO , expliquei porque ela deveria recitar, ela agradecida me abraçou e disse que foi bom ela ter me encontrado,disse a ela que nada é por acaso ... ela estava precisando de ajuda e eu estava agradecendo ao Gohonzon por ter me ajudado hoje a resolver meu problema com meu trabalho, e ter ajudado uma amiga a resolver seu problema lhe passando a lei do sutra de lótus é ser grata ao Gohozon estar em minha vida, " “Sofra o que tiver que sofrer, desfrute o que existe para ser desfrutado, considere tanto o sofrimento como a alegria como fatos da vida e continue orando, não importando o que acontecer, e então experimentará a grande alegria da Lei.” Nitiren Daishonin, Sou muito grata sempre e sou feliz todos os dias, tenho espirito "funkyo" espirito de sempre prezar as pessoas todas são importantes e iluminadas.
Ela
Ela é uma jovem mulher
Ela aprecia o sarcasmo espirituoso e a ousadia.
Ela tem um benfeitor, um escritor particular, um ator de sonhos, um ex-sucedido, um pré-tendencioso e umas pregadas à ela.
Sabe descrever em detalhes vários seriocomics, incidentes que lhe ocorrem.
Tem sempre uma experiência infeliz.
Ela relembra sua amiga de amigos, com quem ela namorou.
Também comenta fatos antigos.
Ela retorna,ela vai, ela espera.
Faz um curso de escrita ensinado por um autor mundialmente famoso.
Decide passar o verão escrevendo um romance de morte, pois agora tem uma experiência de vida suficiente para escrever de forma convincente.
Toda a sua identidade foi centrada em fazer o bem.
As vezes ela não tem certeza sobre o que fazer de sua vida. As vezes a vida não lhe assusta, As vezes senta-se tonta com as opções apresentadas.
Ela tem tédio, com a massiva perturbadora das pessoas. fica em transe e sente um sono profundo.
Ela não diz como é, quer que a descubram. Ela conhece e descobre as pessoas.
Ela não gosta que falem de si mesmos todo o tempo, esses lhe parecem enfadonhos e repetitivos. As pessoas não lhe descobrem quando não querem descobrir-se.
Ela prescreve coisas aos outros, escorre o que sente e desconfia dos que não sentem.
Os atraentes, eles tentam respirar, ela gosta de doar seu ar para eles.
Ela sempre faz várias tentativas de suicídio, incluindo mergulhos cegos no mar, antes de fazer uma tentativa séria, ela deixa um bilhete dizendo que vai fazer uma longa caminhada.
Em um episódio muito dramático, presumiram seu sequestro e morte, mas ela é descoberta. Ela sempre atenta, por um período de tempo indeterminado ela volta. Ela sobrevive...Levantando a redoma metafórica em que ela se sentia presa e sufocada.
Ela não entende as mulheres que não falam de sexo, ela queria mesmo é que o mundo não tivesse sexo, porque ninguém entende dele como deveria. Ela não queria falar, pensar, sentir-se livre disso. Ela é seu libido e é o que lhe causa e o que lhe parte.Ela tem calor e lhes parece, leve, insana, louca.. Prefere ficar anônima, e no silêncio e não falar aos tolos, para proteger sua sanidade.
Ela vê tantos sobreviverem, ela não quer isso, ela quer é viver.
Veridiana Rodrigues
Ela aprecia o sarcasmo espirituoso e a ousadia.
Ela tem um benfeitor, um escritor particular, um ator de sonhos, um ex-sucedido, um pré-tendencioso e umas pregadas à ela.
Sabe descrever em detalhes vários seriocomics, incidentes que lhe ocorrem.
Tem sempre uma experiência infeliz.
Ela relembra sua amiga de amigos, com quem ela namorou.
Também comenta fatos antigos.
Ela retorna,ela vai, ela espera.
Faz um curso de escrita ensinado por um autor mundialmente famoso.
Decide passar o verão escrevendo um romance de morte, pois agora tem uma experiência de vida suficiente para escrever de forma convincente.
Toda a sua identidade foi centrada em fazer o bem.
As vezes ela não tem certeza sobre o que fazer de sua vida. As vezes a vida não lhe assusta, As vezes senta-se tonta com as opções apresentadas.
Ela tem tédio, com a massiva perturbadora das pessoas. fica em transe e sente um sono profundo.
Ela não diz como é, quer que a descubram. Ela conhece e descobre as pessoas.
Ela não gosta que falem de si mesmos todo o tempo, esses lhe parecem enfadonhos e repetitivos. As pessoas não lhe descobrem quando não querem descobrir-se.
Ela prescreve coisas aos outros, escorre o que sente e desconfia dos que não sentem.
Os atraentes, eles tentam respirar, ela gosta de doar seu ar para eles.
Ela sempre faz várias tentativas de suicídio, incluindo mergulhos cegos no mar, antes de fazer uma tentativa séria, ela deixa um bilhete dizendo que vai fazer uma longa caminhada.
Em um episódio muito dramático, presumiram seu sequestro e morte, mas ela é descoberta. Ela sempre atenta, por um período de tempo indeterminado ela volta. Ela sobrevive...Levantando a redoma metafórica em que ela se sentia presa e sufocada.
Ela não entende as mulheres que não falam de sexo, ela queria mesmo é que o mundo não tivesse sexo, porque ninguém entende dele como deveria. Ela não queria falar, pensar, sentir-se livre disso. Ela é seu libido e é o que lhe causa e o que lhe parte.Ela tem calor e lhes parece, leve, insana, louca.. Prefere ficar anônima, e no silêncio e não falar aos tolos, para proteger sua sanidade.
Ela vê tantos sobreviverem, ela não quer isso, ela quer é viver.
Veridiana Rodrigues
domingo, 17 de agosto de 2014
Perdas, desencontros e sintonia
Cada encontro está carregado de perda ou de perdas.
As vezes duas pessoas que se amam (amigos, casados, solteiros, amantes, namorados) se encontram e são felizes.
Ao fim da felicidade, um deles chora ou fica triste. Ou baixa os olhos. Ou é invadido por uma inexplicável melancolia, é a perda que está escondida no deslumbramento de cada encontro.
O encontro humano é tão raro que mesmo quando ocorre, vem carregado de todas as experiências de desencontros anteriores.
Quando você está perto de alguém e não consegue expressar tudo o que está claro e simples na sua cabeça, você está tendo um desencontro.Aquela pessoa que lhe dá um extremo cansaço de explicar as coisas é alguém com quem você se desencontra.Aquela a quem você admira tanto, que lhe impede de falar, também é um agente de desencontro, por mais encontros que você tenha com as causas da sua admiração por ele.
A pessoa que só pensa naquilo em que vai falar e não naquilo que você está dizendo para ela é alguém com quem você se desencontra.
Alguém que o ama ou o detesta, sem nunca ter sofrido a seu lado, é alguém desencontrado de você.
Cada desencontro é perda porque é a irrealização do que teria sido uma possibilidade de afeto.
É a experiência de desencontros que ensina o valor dos raros encontros que a vida permite.
A própria vida é uma espécie de ante-sala do grande encontro (com o todo ou com o nada).Por isso talvez ele nada mais seja do que uma provocação de desencontros preparatórios da penetração na essência DO SER.
Mas por isso ou por aquilo, cada encontro está carregado de perda. E no ato de sentir-se feliz associa-se a ideia do passageiro que é tudo, do amanhã cheio de interrogações, da exceção que aquilo significa.A partir daí, uma tristeza muito particular se instala. A tristeza feliz. Tristeza feliz é a que só surge depois dos encontros verdadeiros, tão raros.Encontros verdadeiros são os que se realizam de ser para ser e não de inteligência para inteligência ou de interesse para interesse.
Quando você está perto de alguém e não consegue expressar tudo o que está claro e simples na sua cabeça, você está tendo um desencontro.Aquela pessoa que lhe dá um extremo cansaço de explicar as coisas é alguém com quem você se desencontra.Aquela a quem você admira tanto, que lhe impede de falar, também é um agente de desencontro, por mais encontros que você tenha com as causas da sua admiração por ele.
A pessoa que só pensa naquilo em que vai falar e não naquilo que você está dizendo para ela é alguém com quem você se desencontra.
Alguém que o ama ou o detesta, sem nunca ter sofrido a seu lado, é alguém desencontrado de você.
Cada desencontro é perda porque é a irrealização do que teria sido uma possibilidade de afeto.
É a experiência de desencontros que ensina o valor dos raros encontros que a vida permite.
A própria vida é uma espécie de ante-sala do grande encontro (com o todo ou com o nada).Por isso talvez ele nada mais seja do que uma provocação de desencontros preparatórios da penetração na essência DO SER.
Mas por isso ou por aquilo, cada encontro está carregado de perda. E no ato de sentir-se feliz associa-se a ideia do passageiro que é tudo, do amanhã cheio de interrogações, da exceção que aquilo significa.A partir daí, uma tristeza muito particular se instala. A tristeza feliz. Tristeza feliz é a que só surge depois dos encontros verdadeiros, tão raros.Encontros verdadeiros são os que se realizam de ser para ser e não de inteligência para inteligência ou de interesse para interesse.
Os encontros verdadeiros prescindem de palavras, eles realizam em cada pessoa, a parte delas que se sublimou, ficou pura, melhor, louca, mas a parte que responde a carências e às certezas anteriores aos fatos.É mais fácil, para quem tem um encontro verdadeiro, acabar triste pela certeza da fluidez da felicidade vivida do que sair cantando a alegria da felicidade vivida ou trocada.Quem se alegra demais se distancia da felicidade. Felicidade está mais próxima da paz que da alegria, do silêncio do que da festa. Felicidade está perto da tristeza, porque a certeza da perda se instala a cada vez que estamos felizes.É esta certeza - a da perda - que provoca aquela lágrima ou aquela angústia que se instala após os verdadeiros encontros.
Há sempre uma despedida em cada alegria. Há sempre um" E depois?" após cada felicidade.
Há sempre uma saudade na hora de cada encontro. Antecipada. Disso só se salva quem se cura, ou seja, quem deixa de estar feliz para ser feliz, quem passa do estar para o ser.
Budismo de Nitiren Daishonin
Há sempre uma despedida em cada alegria. Há sempre um" E depois?" após cada felicidade.
Há sempre uma saudade na hora de cada encontro. Antecipada. Disso só se salva quem se cura, ou seja, quem deixa de estar feliz para ser feliz, quem passa do estar para o ser.
Budismo de Nitiren Daishonin
Diana
Significado do nome
O nome Diana vem do latim criado a partir da palavra dius, que significa literalmente "divina", correlacionando com a palavra dyut em sânscrito significa "brilhar, resplandecer, iluminar, irradiar". Na mitologia greco-romana Diana era a deusa da lua e da caça.
Em Roma , Diana era a deusa da lua e da caça, mais conhecida como deusa pura, filha de Júpiter e Latona e irmã gêmea de Febo.
O nascimento
De acordo com a mitologia, quando Juno descobriu que a mãe de Febo e Diana estava grávida de seu esposo Júpiter, ficou muito enciumada e pediu para que a deusa Gaia não cedesse lugar algum da terra para que a pobre mulher pudesse ter seus filhos, tendo, assim, com o ventre dolorido atravessado o mundo todo sem jamais receber abrigo de quem quer que fosse, pois todos tinham medo da ira das duas deusas. Depois de muito vagar, Latona acabou por chegar à Ortígia, encontrando, finalmente, um lugar seguro onde pudesse dar à luz os seus dois filhos. Ortígia era uma ilha flutuante — não estando fixa em lugar algum — e portanto não fazendo parte da terra.
Logo após seu nascimento, Febo matou a serpente Píton em Delfos, lugar onde foi construído o mais célebre de seus templos. Entre seus tantos filhos, o seu mais querido e também o mais conhecido é o deus da medicina, Esculápio.
A lenda dos irmãos Febo e Diana
Febo ("brilhante, luminoso") era o deus romano equivalente ao grego Apolo, de cujo nome passou a ser um epíteto. Irmão gêmeo de Diana, também conhecida por Ártemis, e também filho de Júpiter com Latona. Personificava a luz , era o deus das músicas, e o mais belo de Roma.
Diana era muito ciosa de sua virgindade. Na mais famosa de suas aventuras, transformou em um cervo o caçador Acteão, que a viu nua durante o banho.
Indiferente ao amor e caçadora infatigável, Diana era cultuada em templos rústicos nas florestas, onde os caçadores lhe ofereciam sacrifícios. Na mitologia romana, Diana era deusa dos animais selvagens e da caça, bem como dos animais domésticos. Obteve do pai permissão para não se casar e se manter sempre casta. Júpiter forneceu-lhe um séquito de sessenta oceânidas e vinte ninfas que, como ela, renunciaram ao casamento. Diana foi cedo identificada com a deusa grega Ártemis ( Na mitologia Grega foi a deusa da caça e da serena luz, Ártemis é a mais pura e casta das deusas e, como tal, foi ao longo dos tempos uma fonte inesgotável da inspiração dos artistas ) Diana absorveu a identificação de Ártemis com Selene (Lua) e Hécate (ou Trívia), de que derivou a caracterização triformis dea ("deusa de três formas"), usada às vezes na literatura latina. O mais famoso de seus santuários ficava no bosque junto ao lago Nemi, perto de Arícia. Em Roma , seu templo mais importante localiza-se no monte Aventino e teria sido construído pelo rei Servius Tulius no século VI a.C. Na arte romana, era representada como caçadora, com arco e aljava, acompanhada de um cão ou um cervo.
sábado, 16 de agosto de 2014
CARNE, OSSO E CORAÇÃO PULSANDO
A vida é formada de carne e osso.
E o coração pulsando? O coração pulsando é pra quem tem sangue quente correndo nas veias, é pra quem cria a história, e vive nas suas historias, e pra quem fica na história, que é lembrado, que é de verdade e vive de verdade, que é intenso e que ilumina.
Aquele que tem sangue frio vive melhor... porque pra suportar o mundo cruel é preciso sangue frio... mas eu desconfio que um coração assim não pulsa, não tem graça, não expande, não é lembrado, não aprende nem ensina ,não eterniza a sua vida.
Os que tem sangue morno são os cínicos aqueles que parecem mas não são, o que ficam na corda bamba esperando que alguma coisa aconteça, vampirizando, dependendo sempre do sangue frio ou do sangue quente, aquele que corre conforme a correnteza. Uma forma de pulsar sempre em reação esse é o mais comum. Podem aparecer por instantes, mas não aparecem na multidão, e o seu sucesso é passageiro não brilham mais que duas luas.
Carne, osso e coração pulsando... sempre serei assim, não consigo ser diferente essa é minha essência, não consigo ser fria ou morna... serei sempre sangue quente... Não vou mudar, mesmo que o inverno me gele, mesmo que tentem tapar meu sol, mesmo que eu fique triste, mesmo que não tenha ninguém para ler essas minhas palavras.
Lembrei de uma música com esse meu pensamento...
"Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui e com a minha própria lei
Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais."
No que acredito
Nada é por acaso.
Não acredito no acaso.
Nada acontece sem uma justificativa lógica, mesmo que ainda, essa lógica a qual me refiro seja incompreensível aos nossos limites.
Acredito que construímos nosso caminho, podemos estabelecer direções em nossas vidas, fazer por onde os caminhos que queremos se materializem.
Porém existe algo que vai ainda além de tudo isso, são as forças externas, essas forças fogem de uma explicação lógica, essas forças são responsáveis por nos ajudar ou atrapalhar.
Então diria que estou sendo controversa, afinal, digo que podemos determinar o que queremos às nossas vidas, mas forças alheias poderiam derrubar tudo isso, logo, não estaríamos indo a lugar nenhum e nossas expectativas seriam frustradas?
A resposta está novamente no ponto crucial da questão, em nós e nas atitudes que tomamos.
Nesse universo paralelo de "forças ocultas" que chamo de energia , também existem regras. Não podem ser quebradas. E não são. O que quer que paire sobre nossas cabeças tem poder de interferir, mas nos fazer mudar segue sendo uma opção. Mas como tudo isso funciona? É a clássica luta do bem contra o mal.
Se nosso espírito está fraco, debilitado, irá render-se as influências. Quantas vezes vem em mente aquele pensamento que não se sabe qual a origem ou o porque? E aquela luz? Aquele lampejo que traz a sensação de "Heureca!"?
Aí estão as Influências externas.
Boas ou más elas sempre irão fazer parte do nosso universo interior, em benefício ou detrimento às nossas vidas, como prática de fato. Nos ajudam ou atrapalham.
Não busquei qualquer tipo de informação de cunho religioso ou científico para tratar a questão. Escrevi pela sensibilidade do que acho razoável, lógico. O que adoro dizer "conhecimento empírico", baseio-me em minhas observações e experiências.
Acredito que a questão mais importante em nossas vidas é encontro dentro de nós mesmos. Estando íntimos dessa capacidade, relativamente em harmonia com nosso "eu", fluem naturalmente respostas às dúvidas que por vezes nos pareceriam ser indissolúveis em outras ocasiões.
Portanto não economize tempo tentando olhar para dentro, atente que a cada segundo trilhões de atitudes estão sendo tomadas por zilhões de outras pessoas, e algumas dessas movimentações podem estar diretamente ligadas à nossa vida.
Gente que entra ou sai da nossa vida, vitórias ou derrotas, alegrias ou tristezas, vida ou morte. Influências para nosso Bem ou nosso Mal? Como iremos saber?
Sensibilidade e percepção, baseados no que queremos nos darão as respostas corretas.
Precisamos nos equilibrar, pois essa capacidade perceptiva não está em livros, não tem manuais, e ninguém pode ensinar.
Ela simplesmente nasce com cada um de nós, está contida em nosso íntimo, e desenvolvemos de acordo com a maneira que vivemos ou queremos vive
O caminho se faz ao olhar
Qual a sua identificação?
O que te identifica?
Qual sua identidade?
Faça seu auto retrato e crie a sua paisagem conforme suas respostas...
Aprender coisas...
O que te identifica?
Qual sua identidade?
Faça seu auto retrato e crie a sua paisagem conforme suas respostas...
A maneira como você vive, o seu cotidiano diz muito sobre você.
Óbvio! Óbvio?
-Talvez...
é preciso muito mais que ver o exterior, enxergar o que passa despercebido é observar a essência.
Aprender coisas...
Aprender sobre si é aprender sobre os outros.
Construir sua identidade é saber sobre si e seu mundo. Saber que cada um é diferente e tem seu próprio mundo. É possível uma vida melhor sendo uma pessoa melhor.
Tu é o que é é
Hoje observei duas crianças brincando e algo me chamou atenção quando começaram a trocar acusações, a discussão foi mais ou menos assim:
-Bobo! ...
-Tu que é bobo!
- Bobo é tu não eu!
... e ficam nesse Bobo pra cá bobo pra lá até que um deles disse:
-"Tu que é bobo, tu é o que é" e logo voltaram a brincar.
Achei a cena interessante e ri muito disso, isso não me saiu da cabeça, comecei a refletir e cheguei a conclusão, óbvia mas que muitas vezes não prestamos atenção e que no budismo chama-se Ação e reação. O acusado apenas mostra um espelho para quem o acusa:
"-Tu é o que tu mesmo enxerga no mundo, nos outros e em si mesmo.Tu é o que é."
No universo imaginário das crianças com infinitas possibilidades e mundos maravilhosos e coloridos, tudo é possível. Mas nem tudo é concordância, ainda que exista uma doçura na disputa entre si, podem trocar acusações bem diretas, como aconteceu -"Tu que é" -"Tu é o que é", pronto está resolvido e voltam a brincar, é como se combinassem quem é ou não é bobo e não se fala mais nisso.
Como uma raquete de pingue-pongue a criança que devolvendo a ofensa a outra, não se sentiu ofendida nem se deixou ofender, quem lançou a ofensa que fique com ela. Isso se for transformado para o mundo adulto é uma nova possibilidade e digamos um modo criativo de levar as injustiças que nos fazem de uma forma mais branda para não reagirmos com ações ruins que geram reações.
Ao ver essas crianças brincando e suas conversas, e de ter esses insight filosóficos da vida, percebi que não é mau ser uma adulta que faz coisas de criança percebi que muitas vezes as coisas que faço ou reagiar como uma criança em frente as várias questões do dia a dia é a melhor forma de tornar a vida mais leve. Muitas vezes pensar e reagir como uma criança só faz bem.
Conheço pessoas que entendem a criança que sou... sem medo e pudor de falar com esse misto de entusiasmo, franqueza e ingenuidade, porque tem dentro de si uma criança também.
Sou grata por conhecer pessoas assim, que diante da vida são otimistas, que sabem que a vida é uma dádiva, que acreditam que apesar dos sofrimentos o mundo é um reflexo de quem vê o mundo, bom ou ruim tu é o que é no mundo.
Junho/2014
-Bobo! ...
-Tu que é bobo!
- Bobo é tu não eu!
... e ficam nesse Bobo pra cá bobo pra lá até que um deles disse:
-"Tu que é bobo, tu é o que é" e logo voltaram a brincar.
Achei a cena interessante e ri muito disso, isso não me saiu da cabeça, comecei a refletir e cheguei a conclusão, óbvia mas que muitas vezes não prestamos atenção e que no budismo chama-se Ação e reação. O acusado apenas mostra um espelho para quem o acusa:
"-Tu é o que tu mesmo enxerga no mundo, nos outros e em si mesmo.Tu é o que é."
No universo imaginário das crianças com infinitas possibilidades e mundos maravilhosos e coloridos, tudo é possível. Mas nem tudo é concordância, ainda que exista uma doçura na disputa entre si, podem trocar acusações bem diretas, como aconteceu -"Tu que é" -"Tu é o que é", pronto está resolvido e voltam a brincar, é como se combinassem quem é ou não é bobo e não se fala mais nisso.
Como uma raquete de pingue-pongue a criança que devolvendo a ofensa a outra, não se sentiu ofendida nem se deixou ofender, quem lançou a ofensa que fique com ela. Isso se for transformado para o mundo adulto é uma nova possibilidade e digamos um modo criativo de levar as injustiças que nos fazem de uma forma mais branda para não reagirmos com ações ruins que geram reações.
Ao ver essas crianças brincando e suas conversas, e de ter esses insight filosóficos da vida, percebi que não é mau ser uma adulta que faz coisas de criança percebi que muitas vezes as coisas que faço ou reagiar como uma criança em frente as várias questões do dia a dia é a melhor forma de tornar a vida mais leve. Muitas vezes pensar e reagir como uma criança só faz bem.
Conheço pessoas que entendem a criança que sou... sem medo e pudor de falar com esse misto de entusiasmo, franqueza e ingenuidade, porque tem dentro de si uma criança também.
Sou grata por conhecer pessoas assim, que diante da vida são otimistas, que sabem que a vida é uma dádiva, que acreditam que apesar dos sofrimentos o mundo é um reflexo de quem vê o mundo, bom ou ruim tu é o que é no mundo.
Junho/2014
Gente importante
Relato; Julho/2014
Pois então, continuei na cama, escondi a cabeça até passar sua fúria... acessei a internet no meu telefone, que não é nenhuma "brastemp" mas me salva nas urgências e me contenta, entrei no face e tinha uma mensagem de uma amiga dizendo que era para desmarca-la de uma foto, que tinha gente importante no face dela e que por causa do seu trabalho não poderia mostrar fotos que a comprometiam e que por isso preferia se resguardar... Claro tem toda a razão, ela tem o direito de não querer se expor. Porém não fui eu que a marquei, faz tempão que não marco ninguém em fotos, a não ser em aniversários ou peço permissão, mas prefiro colocar o nome da pessoa no comentário abaixo da foto, também preferi configurar meu face na opção "analisar marcações" ihhh tenho medo disso: imagina postarem fotos de mim escabelada, de cara lavada ou com roupa do reino bem distante ( minha amiga Soninha sabe do que estou falando hahaha) enfim, de manhã estava eu bem Veri dosa... o que é uma ser "Veri dosa"? perguntem para minha amiga Talita ela saberá responder hahaha.
Fiquei pensando: O que é ser "GENTE IMPORTANTE" ?
O que é uma pessoa importante?
... certa vez numa conversa perguntei para um amigo:
- "mas isso não vai queimar teu filme?" e ele me respondeu:
-"Porque? não me acho mais importante do que ninguém, quem me conhece sabe como sou e de meu caráter".
Sim ele estava certo. Todos somos importantes, seres humanos feitos da mesma matéria, mortais. Somos iguais como humanos mas pessoas diferentes com necessidades e vidas distintas e cada um com sua história.
Por isso acredito que não existe um superior, todos somos deuses, nossa vida está em nossas mãos e não devemos, endeusar ou dar poder para ninguém guiar nossas vidas, seja de alegrias ou tristezas.
Pensei nas pessoas importantes pra mim, e cheguei a conclusão que todos que cruzam o meu caminho são importantes, sempre temos o que aprender e ensinar , pois como disse Antoine de Sant-Exupéry no livro O pequeno Príncipe
"Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa sós; leva um pouco de nós mesmos e deixa um pouco de si mesmo."
Porém existem pessoas especiais pra nós, e as pessoas especiais pra mim são aquelas que compartilham comigo histórias de vida, momentos inesquecíveis, partilharam experiências, sabem do que eu gosto ou não gosto, conhecem minhas lágrimas e meu sorriso, já ouviram minhas gargalhadas, tem os mesmos sonhos ou desfrutam deles comigo, me ouvem, me entendem com um olhar, essas pessoas são especiais.
Existem pessoas distantes que não conheço, não sabem meu nome e nem o que eu faço contudo as admiro; gosto de ouvi-los, de le-los, de ve-los ... essas pessoas são apenas um espelho do que eu sou, porque de certa forma quando admiramos alguém nos enxergamos nelas. Mas não são especiais a ponto de se tornarem insubstituíveis ou tão importantes a ponto de eu esquecer de todas as outras.
Ahh por favor se considerarmos alguém mais importante estamos nos excluindo, viver é muito importante cada um tem sua própria importância, e por falar em vida... somente alguém que desse a vida por outra deveria ser considerada importante, então se tenho que qualificar alguém em minha vida mais importante essa pessoa é minha mãe, porque sei que ela daria sua vida por mim.
domingo, 27 de julho de 2014
" Veri very veri"
tradução:Veri-apelido.
Very- muito em inglês
Veri- verdade em latim
Sou assim: Veri muito verdadeira
Sou direta e confiável, clara e sem rodeios;
Very- muito em inglês
Veri- verdade em latim
Sou assim: Veri muito verdadeira
Sou direta e confiável, clara e sem rodeios;
Me atraio pelo difícil e o desafio.
Minha memória é um poço sem fundo, ainda chego a China.
Meu afeto afeta é fato, sou responsável pelo que cativo eu não largo os sentimentos e nem nego o que sinto.
Amigos são, parafraseando o poeta: uns são meus passarinhos outros passarão.
Não trabalho e também não estudo nada, apenas namoro pra viver apaixonada, pra mim o amor é coisa pouca pra quem gosta de adrenalina, a paixão é meu vicio. Mas eu tô sempre ai amando, jogo meu pozinho de pirlimpimpim em tudo que eu faço, esse pozinho mágico se chama amor.
Nasci em Porto Alegre, mas sempre tive na cabeça a cidade de São Francisco, a imagem do santo "São Francisco", os "Franciscos" me atraem.
Sou louca por Paris e da língua francesa.
Gosto muito das massas, comida e gente... no corpo gosto dos volumes, em meus desenhos as linhas são as curvas dos seios e bundas e na comida todas as massas: massa com azeite, massa com feijão, massa com queijo, massa com molho madeira, massa com tudo ou sem nada.
Vejo em dobro, os dois lados da moeda. Aprendi a olhar o que não está visível. Enxergo no escuro e tenho os sentidos apurados, tenho o olfato, a audição, o tato e o paladar de uma cega. Minha intuição está sempre certa confio nela.
Durmo de noite, as vezes de manhã as vezes a tarde, e sempre tenho sonhos, acho que por isso que eu gosto de dormir, viajo muito neles pra uma outra realidade. Meus sonhos são fantásticos. Quando tô triste sinto sono,com certeza é minha porta de saída pra um outro mundo.
Quando tô alegre o sono não vem viajo acordada.
Mas gosto de dormir junto... Dormir junto é muito bom!
Tenho necessidade de ficar quietinha, procuro sempre o silêncio o barulho me perturba.Quando quero me distrair procuro música, tenho sempre uma guardada no bolso.
Tomo muita água, sou da água, acho que vim de algum planeta submarinho.
As últimas coisas:
Gosto da minha vida...as vezes não tô certa nem tô errada... ser grata é minha forma de amar.
♥
Minha memória é um poço sem fundo, ainda chego a China.
Meu afeto afeta é fato, sou responsável pelo que cativo eu não largo os sentimentos e nem nego o que sinto.
Amigos são, parafraseando o poeta: uns são meus passarinhos outros passarão.
Não trabalho e também não estudo nada, apenas namoro pra viver apaixonada, pra mim o amor é coisa pouca pra quem gosta de adrenalina, a paixão é meu vicio. Mas eu tô sempre ai amando, jogo meu pozinho de pirlimpimpim em tudo que eu faço, esse pozinho mágico se chama amor.
Nasci em Porto Alegre, mas sempre tive na cabeça a cidade de São Francisco, a imagem do santo "São Francisco", os "Franciscos" me atraem.
Sou louca por Paris e da língua francesa.
Gosto muito das massas, comida e gente... no corpo gosto dos volumes, em meus desenhos as linhas são as curvas dos seios e bundas e na comida todas as massas: massa com azeite, massa com feijão, massa com queijo, massa com molho madeira, massa com tudo ou sem nada.
Vejo em dobro, os dois lados da moeda. Aprendi a olhar o que não está visível. Enxergo no escuro e tenho os sentidos apurados, tenho o olfato, a audição, o tato e o paladar de uma cega. Minha intuição está sempre certa confio nela.
Durmo de noite, as vezes de manhã as vezes a tarde, e sempre tenho sonhos, acho que por isso que eu gosto de dormir, viajo muito neles pra uma outra realidade. Meus sonhos são fantásticos. Quando tô triste sinto sono,com certeza é minha porta de saída pra um outro mundo.
Quando tô alegre o sono não vem viajo acordada.
Mas gosto de dormir junto... Dormir junto é muito bom!
Tenho necessidade de ficar quietinha, procuro sempre o silêncio o barulho me perturba.Quando quero me distrair procuro música, tenho sempre uma guardada no bolso.
Tomo muita água, sou da água, acho que vim de algum planeta submarinho.
As últimas coisas:
Gosto da minha vida...as vezes não tô certa nem tô errada... ser grata é minha forma de amar.
♥
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